quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu te amo, descance em paz.

“Acho que você se esqueceu de quando me prometeu que iria ficar comigo para sempre. A única coisa que você não cumpriu, foi essa. Quando você me disse que iria me fazer feliz; me fez. Quando você me disse que não iria me deixar chorar; não deixou. Porque justo essa você não tinha que cumprir? Não sabe a dor que me causou?
Sei que não posso fazer nada para mudar o tempo; dessa vez não tem volta. Eu só queria ter… prestado mais atenção. Teria eu percebido os sinais? Ou seria eu cega mesmo?
Eu só sinto muito, e espero que não se incomode com as lágrimas que eu deixei cair enquanto escrevia isso (eu tentei segurá-las, juro!). Mas antes de me despedir, queria só deixar registrado o que você me disse no hospital: ‘um dia agente vai se encontrar, você vai ver. Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem. Agora só quero que pense na sua felicidade, e em como você me fez feliz. E nunca, jamais, se esqueça que eu to amo, sempre te amei, e sempre te amarei.’ E dizer que eu acredito em você.
Eu te amo, descanse em paz”


Achei que aquela carta estava boa o suficiente para ser entregue à um morto. Caminhei pesadamente até o cemitério, onde estava acontecendo o enterro. O vento de outono batia e bagunçava meus cabelos. As folhas estalavam enquanto eu ia pisando nelas. Eu respirava fundo. Ele podia ter… me deixado - eu ainda não suportava dizer a palavra “morrido” -, mas eu me sentia… bem. Ele só me deixou de corpo, sua alma, espírito e amor sempre estariam juntos comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário